Um estudo corporal que explora a linguagem do videodança e revela a po-ética de pessoas com deficiência.
Um estudo corporal dentro da linguagem da dança e do teatro para realização de um videodança com alunos de dança e teatro do IADHEC. O vídeo buscará investigar as idiossincrasias dos alunos de uma forma poética, trazendo visibilidade e protagonismo para cada aluno, que mostrará o seu modo de ser e viver em sociedade.
Duas perguntas nortearão o processo de criação: Quem eu sou? Quem eu quero ser? Durante o percurso alguns vídeos pilotos e textos reflexivos serão lançados mensalmente nas redes sociais e no Youtube para a divulgação e experimentação de linguagens poéticas, sendo que o trabalho final será um vídeo de aproximadamente 30 minutos realizado pela equipe de profissionais e alunos/dançarinos do IADHEC, que terá como título “Dançar para Ser”.
Produzir um videodança com o propósito de dar visibilidade e voz para jovens que estão invisíveis perante a sociedade, usando como ferramenta o vídeo e a internet, veículos de grande alcance e popularidade que se multiplicam e se propagam de forma espontânea .
Trabalhar a pessoalidade de cada aluno dando valor e foco para o que se é e onde se está, e a partir disso criar uma cena poética (de cunho pessoal) para realizar um videodança, compondo com outras cenas, formando assim uma coleção de depoimentos pessoais ditos através da dança e/ou do teatro, usando também recursos de outras áreas artísticas como: a música, as artes visuais e o cinema.
Trabalhar algumas práticas corporais como: improvisação em dança e teatro, procedimentos para percepção corporal e consciência espaço-temporal, estímulos como poesias, músicas, vídeos, fotos, imagens deles mesmos e de livros.
Será também utilizado como ferramenta de criação o método de perguntas da bailarina e coreógrafa Pina Bausch, onde os bailarinos respondem perguntas através da dança, criando cenas a partir de sua história de vida e de seus pontos de vista. Duas principais perguntas norterarão o processo de criação: Quem sou? Quem eu quero ser?
Trabalharemos ainda três pontos: “O Núcleo” (sala de ensaio, dentro do corpo, as vísceras), “O Entre” (portaria da escola, porta, corredor, músculos do corpo) e “O Fora” (a rua, a pele do corpo), para estabelecer uma pesquisa em camadas, que vai ampliando sua complexidade, até chegar nas ruas da cidade, onde também acontecerão cenas para o vídeo.
Segundo Klauss Vianna, “Os movimentos surgem das emoções particulares de cada um e transformam-se em arte quando encontram uma linguagem universal, já que o ser humano tem uma essência comum”. É com esse pensamento que trilharemos nosso projeto, dando luz para as emoções, opiniões e histórias de cada um, almejando que no fim possam convergir para uma linguagem universal (a das artes), alcançando mais pessoas.
Sala de ensaio (Março e Abril): aulas de dança e teatro com trabalhos de sensibilização e percepção corporal, e consciência espaço-temporal. Pequenos vídeos mostrarão os estudos do corpo em um processo criativo.
Sala de ensaio (Maio e Junho): Improvisações com temas sugeridos, estudos com vídeos e fotografias como referências para o processo de criação, produção de pequenos vídeos que já estarão nas redes sociais.
Julho: Férias
Sala de ensaio (Agosto): Retomar os trabalhos e rever o materiais levantados.
Sala de ensaio e externas (Setembro e Outubro): Levantamento e refinamento de cenas. Pequenos vídeos serão lançados nas redes sociais.
Gravação (Novembro e início de Dezembro): Gravação de cenas internas e externas.
Edição (Dezembro, Janeiro e Fevereiro)
Lançamento (Março): Publicação do videodança “ Dançar para Ser” no Youtube e redes sociais, e para os alunos e convidados do Instituto .
Concretizar projetos que ajudam a valorizar indivíduos justifica todo nosso caminho